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Mulheres no hipismo Olímpico

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Participação feminina nos esportes equestres - Relincho #63

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Ju Ribas
Jun 26, 2024
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Mulheres no hipismo Olímpico
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Tenho lido algumas matérias sobre a igualdade de gênero nas Olimpíadas de Paris. Onde aprendi que a primeira edição dos Jogos Olímpicos (Atenas 1896) contou apenas com atletas masculinos, somando 311 participantes. E que a presença feminina só ocorreu quatro anos depois, nos Jogos Olímpicos de Paris em 1900, quando as mulheres representaram 2,2% do total de atletas: 975 homens e apenas 22 mulheres.

Paris volta a testemunhar um feito inédito nesta edição, em que veremos 5.250 homens e 5.250 mulheres nas competições. Essa é uma conquista coletiva, construída ao longo das 46.789 participações femininas em Jogos Olímpicos, desde 1900 até 2020.

Durante os Jogos Olímpicos de 2024, também haverá algumas competições mistas. É o caso da modalidade de marcha atlética de 35 km no atletismo, com revezamento entre equipes de ambos os gêneros.

Os times de tiro com arco e bote de vela também são compostos por mulheres e homens, de modo que essas competições acontecem em eventos mistos.

Porém, acredito (e se eu estiver errada, por favor, me corrijam) que o hipismo é o único esporte onde mulheres e homens competem diretamente um contra o outro. As modalidades mistas citadas nas matérias, são equipes formadas por homens e mulheres, e não uma disputa individual entre atletas de diferentes gêneros. No hipismo, além da disputa por equipes, onde as equipes podem ou não ser formadas por um único gênero ou serem mistas, há a disputa individual em que mulheres e homens competem entre si.

As mulheres foram autorizadas a competir no hipismo pela primeira vez nas Olimpíadas de 1952, em Helsinque, e apenas nas provas de Adestramento. Lis Hartel, da Dinamarca, e Liselott Linsenhoff marcaram época. Hartel conquistou a medalha de prata individual em 1952.

E na modalidade salto a primeira Olimpíada a contar com mulheres foi em 1956, enquanto no Concurso Completo de Equitação (CCE) foi em 1964.

Imagem criada pela IA Bing

Nós, praticantes de hipismo, já estamos acostumados a competir igualmente com homens e mulheres. Não vejo isso como um problema, pois acredito que o físico de um gênero não oferece vantagem significativa no nosso esporte. É inquestionável que homens e mulheres têm diferenças biológicas que influenciam na performance física. Mas será que essas diferenças realmente impactam o desempenho dos atletas na sela?

Aqui no Brasil, temos uma competição anual dedicada exclusivamente às mulheres: a disputa na categoria Amazonas. Não sei se em outros países existe esse tipo de competição feminina dentro do hipismo, mas é algo bem legal e que motiva as meninas dentro do esporte!

Há quem acredite que no hipismo as mulheres levam vantagem porque têm mais sensibilidade com o cavalo. No entanto, o que me intriga é que, quando observamos as categorias de base, percebemos mais meninas do que meninos, mas nas séries mais avançadas e profissionais, a quantidade de amazonas é bem menor do que a de cavaleiros.

Já faz tempo que reflito sobre isso e tento entender o que acontece. Por que essas mulheres não chegam às categorias mais altas? Seria por algo cultural, como a crença de que “meninas não podem se profissionalizar no esporte”? Ou será que tem a ver com coragem, com a ideia de que “homens são mais corajosos”?

Deixo aqui nessa newsletter minha dúvida sobre esse assunto. Se alguém quiser discorrer sobre esse tema, estou aberta para essa conversa por e-mail. contato@hipismoeco.com.br

Abaixo, vou contar aos assinantes pagos do Relincho sobre a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro olímpica no hipismo.

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